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Eleições 2014: Reflexões e orientações


Em menos de dois meses, nós brasileiros seremos mais uma vez chamados a decidir o futuro do país nos próximos quatro anos. Mas o que isso tem a ver com a Igreja? Muito! O voto consciente é nossa maneira de lutar pela sociedade justa com a qual tanto sonhamos. 

Tanto a CNBB quanto a Arquidiocese de São Paulo lançaram documentos com objetivo de auxiliar o cristão neste momento de decisão. Longe de ser uma indicação de candidatos, os documentos apontam, sobretudo, os princípios que devem nortear nossas escolhas pessoais, sempre levando em consideração os ideais cristãos que desejamos ver presentes no Brasil dos próximos anos.

Destacamos a seguir alguns trechos dos citados documentos.

Clique aqui para ler a íntegra da mensagem "Pensando o Brasil", da CNBB.

"Nossa fé requer que “todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Ao contrário disso, constatamos que irmãos nossos têm sido maltratados e muitos, inclusive, perderam e continuam perdendo a vida à espera de serviços públicos. Enquanto isso, outros se corrompem e enriquecem com recursos que deveriam ser destinados a políticas que atendam às necessidades do povo. Os meses que antecedem as eleições constituem um momento privilegiado para a reflexão sobre tais situações injustas que se alastram no País. É uma oportunidade para anunciar qual é o plano de Deus para seus filhos. Somos chamados a empenhar-nos em viver o evangelho do Reino na esperança de vê-lo antecipado na terra, ainda que sob o signo da Cruz. Isso exige que trabalhemos pela superação dos sofrimentos atrozes vividos por aqueles que são sistematicamente excluídos e que não se veem respeitados em sua dignidade de pessoa humana." ("Pensando o Brasil", CNBB, item 2)

"Ao nos aproximarmos das urnas, devemos ter a consciência de que – embora o voto 
constitua um momento privilegiado de participação cidadã numa democracia 
representativa – está longe de encerrar-se a responsabilidade cristã. A decisão consciente de votar em candidatos que representem os valores cristãos é um passo importante, mas não é o único. É preciso que, como cristãos, continuemos a contribuir para que haja um diálogo que aponte às mudanças necessárias na consolidação de uma cidadania inclusiva, de modo a garantir que a sociedade possa participar e exercer democraticamente o poder político." ("Pensando o Brasil", CNBB, item 8)

"Com o “Pensando o Brasil”, a CNBB convoca os cidadãos a se prepararem 
conscientemente para o momento da eleição. O eleitor consciente deve conhecer o 
passado de seu candidato e averiguar se o discurso e a prática por ele apresentados se 
conformam aos valores da ética e do bem comum. É preciso também exercer a missão 
profética de todo cristão e manter uma atitude de fiscalização e vigilância. Diante de irregularidades, é necessário denunciar. O silêncio e a omissão também são responsáveis pela deterioração da democracia. Por fim, é indispensável o acompanhamento dos candidatos eleitos e o engajamento em prol de uma efetiva reforma política. A fé não pode ser vivida isoladamente, mas em comunidade e no exercício da caridade. Essa virtude cristã se manifesta, sobretudo, no zelo pelo próximo, de modo que não sobre na mesa de poucos, aquilo que falta na mesa de muitos. Daí a necessidade de que todos os cristãos se empenhem para que se efetivem, no País, os valores da igualdade, da dignidade humana e da justiça social." ("Pensando o Brasil", CNBB, item 29)

Clique aqui para ler a íntegra das Orientações da Arquidiocese de São Paulo

"A eleição é uma oportunidade para confirmar os políticos e os partidos que estão nos 
cargos públicos e o modo como estão governando e legislando; ou para mudar os 
mandatários e os rumos da política do País e do Estado. Os cristãos são chamados a 
participar ativamente na edificação do bem comum, escolhendo bons governantes e 
legisladores e acompanhando com atenção o exercício de seus mandatos." (Orientações da Arquidiocese de São Paulo, item 2)

"Dar o voto a políticos comprometidos com o bem comum e não, apenas, com 
interesses privados ou de grupos restritos. O exercício do poder político é um serviço 
ao povo e ao País; por isso, ele deve estar voltado para as grandes questões, como a 
promoção do bem estar, condições de educação, saúde, moradia digna e trabalho com justa remuneração para todos, saneamento básico, respeito pela vida e a dignidade humana, superação da violência, proteção e promoção da família e do casamento, justiça e solidariedade social, respeito à natureza e ao ambiente da vida." (Orientações da Arquidiocese de São Paulo, item 6) 

"Religião e política: quem tem fé religiosa é cidadão com direitos e deveres iguais a 
qualquer outro cidadão; por isso, as pessoas de fé são chamadas a se empenharem na 
política, cumprindo conscienciosamente seus deveres cívicos, exercendo cargos 
públicos com dignidade, competência, honestidade e generosidade.(Orientações da Arquidiocese de São Paulo, item 8)




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