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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Dízimo: mitos e verdades

Muitos padres e fiéis católicos acham difícil falar sobre este assunto, principalmente por causa das deturpações que tantos verdadeiros mercadores da fé vêm promovendo nos últimos anos, usando meia dúzia de passagens bíblicas como arma para extorquir e explorar pessoas simples e sem instrução. É muito simples usar textos isolados da Bíblia para justificar qualquer ideia, e o próprio Satanás usou das Escrituras para tentar nosso Senhor Jesus Cristo, dizendo: “Está escrito…” (Mt 4,1-11, Mc 12,13 e Lc 4,1-13). Assim enriquecem, cada vez mais, os falsos profetas. O significado verdadeiro do dízimo, porém, é justo e verdadeiramente cristão. Nos tempos do Antigo Testamento, a Lei de Moisés prescrevia o pagamento obrigatório de 10% dos rendimentos do fiel (pagos na forma de bens e mantimentos, principalmente produtos agrícolas) para manter a tribo de Levi e os sacerdotes, responsáveis pela manutenção do Tabernáculo e depois do Templo, já que eles não podiam possuir heranças e territórios

Deus habita esta cidade

Artigo do Cardeal Dom Odilo Scherer Dia 25 de janeiro, São Paulo faz festa por vários motivos. É o Dia da Cidade, lembrando a fundação desta Metrópole em 25 de janeiro de 1554. Por esse motivo, cumprimento todo o povo de São Paulo, tão numeroso e diversificado. Que esta grande multidão torne-se cada vez mais um povo unido e solidário, na busca do melhor para nossa Cidade, que também é nossa casa comum. O que cada um fizer de bom resultará em benefício de todos; e se alguém resolve viver de maneira insana, prejudica a vida de todos os paulistanos. São Paulo é muito rica e, ao mesmo tempo, muito pobre. Os moradores de rua, dos bairros humildes, cortiços e favelas, também esperam e merecem ter conforto e dignidade. O amor à cidade vai além do apreço pelos seus parques, avenidas e praças, pelas oportunidades que oferece; amar São Paulo é querer toda a sua gente feliz e em paz. Saúdo as Autoridades, que representam a Cidade e a governam. É um privilégio representar e governar est

Catequese do Papa: A misericórdia na Bíblia

O Papa Francisco iniciou hoje um ciclo decatequeses sobre o tema "A Misericórdia na Bíblia". As catequeses são mensagens que o Papa dá ao mundo todas as quartas-feiras e, neste ano jubilar, elas estarão voltadas para o tema da Misericórdia. Publicamos a seguir a íntegra da mensagem de hoje, que tratou sobre a misericórdia na abordagem bíblica, a paciência de Deus, seu amor, piedade e fidelidade. Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Hoje começamos as catequeses sobre misericórdia segundo a perspectiva bíblica, de modo a aprender a misericórdia ouvindo aquilo que o próprio Deus nos ensina com a sua Palavra. Comecemos pelo Antigo Testamento, que nos prepara e nos conduz à revelação plena de Jesus Cristo, no qual em modo realizado se revela a misericórdia do Pai. Na Sagrada Escritura, o Senhor é apresentado como “Deus misericordioso”. É esse o seu nome, através do qual Ele nos revela, por assim dizer, a sua face e o seu coração. Ele mesmo, como narra o Livro do êxodo

Festa do Batismo do Senhor: mudança de vida!

Jesus vai a João para ser batizado. Quando se encontra em meio a tantas pessoas que buscam o Batista, Jesus passa a ser mais um que deseja reiniciar a vida através de um banho que simbolizava a mudança de vida. O Mestre quis ser sempre igual a nós e também nesse momento ele se iguala a qualquer pessoa de boa vontade que aceita o discurso regenerador de João, o Batista. Acontece que quando o vê, João  - reconhece -  nele o Messias, o verdadeiro Batista! Ele já o havia conhecido e nele detectado o Deus Conosco, quando da visita de Maria de Nazaré à sua mãe. Ali, ele João Batista, estremeceu no seio de Isabel e ela pode entender o que acontecia. Agora, a mesma luz interior que o iluminou durante a visita, 30 anos atrás, voltou e fez com que reconhecesse naquele homem, não apenas o seu primo, mas o Redentor da Humanidade. Nesse momento, segundo São Lucas, o céu se abriu, ou seja, o Pai voltou a falar não mais através dos profetas, mas por seu Filho unigênito. Deus voltou a se  - r

Construindo o ano da misericórdia

Proclamado pelo Papa Francisco, o Jubileu da Misericórdia deve nos impulsionar a uma série de atitudes de mudança: a misericórdia brota do coração de Deus, mas chega até nós como uma missão de abertura ao próximo. As atitudes, de acordo com padre Antonio Marcos Depizzoli, são “relacionamento pessoal e profundo com Deus-Pai; seguimento a Cristo nas atitudes e no interesse pelo Reino de Deus, fruto de uma adesão sincera; comunhão com a Igreja, comunidade que evangeliza, celebra e testemunha Jesus Cristo; vivência do mistério cristão e da missão catequizadora dentro do grupo de catequistas; atitudes de serviço para com todos; amor aos empobrecidos e vivência da pobreza evangélica; e a alegria de ser evangelizador”. Neste sentido, aproveitando as tradicionais metas e planos de início de ano, este é um bom momento para pensar (ou repensar) nosso papel no seio da vida da comunidade. Em nossa paróquia, por exemplo, muitas coisas são feitas, porém, há "campo" para muit