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Beata Irmã Dulce, rogai por nós!


Uma boa maneira de refletirmos nesse Ano da Fé é celebrando a memória das pessoas que, em vida, foram verdadeiros exemplos de fé e amor a Jesus Cristo. No Brasil, temos um bom número de católicos reconhecidos pela Igreja como Santos ou Beatos, mas nem sempre conhecemos esses nomes. Por isso, vamos usar o nosso blog para divulgar as histórias de vida desses Santos brasileiros.

Hoje, 13 de março, é o dia dedicado à memória da Beata Irmã Dulce, muito popular no nordeste do Brasil por conta de sua grande obra social voltada às crianças e doentes.

Irmã Dulce nasceu com o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, em 26 de maio de 1914, segunda filha de Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. Aos 13 anos a pequena Maria Rita já havia transformado a casa da família em um centro de atendimento de pessoas carentes, e assim nasceu a sua vocação religiosa. Após visitar regiões onde moravam pessoas muito pobres, onde havia ido em companhia de uma tia, manifestou pela primeira vez o desejo de se fazer religiosa. Sua família a apoiava totalmente nesse seu desejo de ajudar os mais necessitados, não só pelo exemplo do pai, considerado o inspirador de seu trabalho social, mas também pela ajuda direta de sua irmã Dulcinha.

Entrou para a Ordem Franciscana Secular, graças à orientação de seu diretor espiritual, Frei Hildebrando Kruthaup, ofm. Ingressou em 1929 e fez a vestição no dia 25 de dezembro de 1932. Em 15 de janeiro fez a profissão como terceira, e recebeu o nome de irmã Lúcia.
Formou-se professora em 9 de dezembro de 1932, e já no ano seguinte entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Fez o seu noviciado em São Cristóvão, Sergipe, e em 15 de agosto de 1934 fez seus primeiros votos, e recebeu o nome de Irmã Dulce, uma homenagem à sua mãe.

Já em setembro ela volta a Salvador, participando da abertura do Hospital Espanhol. Ali  se dedica como enfermeira, sacristã, porteira e responsável pelo raio-X. Em 1935 passa a lecionar no Colégio Santa Bernadete, mas também começa a trabalhar com os operários da Península de Itapagipe. Também nessa época  cria um posto médico para atendimento da comunidade carente nos Alagados. A imprensa passou a chamá-la de Anjo dos Alagados.

Em 1936 fundou, junto com seu antigo diretor espiritual, Frei Hildebrando Kauthrupp, a União Operária São Francisco, que foi a primeira organização operária católica da Bahia, que mudaria seu nome no ano seguinte para Círculo Operário da Bahia. 

Dessas sua vocação para cuidar do próximo, nasceram as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), fundadas em 1959, a qual é considerada uma das instituições filantrópicas mais importantes do mundo, com mais de 2300 colaboradores e  600 voluntários no Brasil e no exterior. Atende mais de 1 milhão de pessoas por ano.

Irmã Dulce levava uma vida espartana. Os momentos de folga eram raros. Não lia jornais nem via televisão. Quase não comia. Três vezes por semana, fazia jejum. As poucas refeições se resumiam a um montinho de arroz e legumes colocados num prato de sobremesa ou num pires de café. Carne, doce e refrigerante não constavam de seu cardápio. Com tantos doentes e famintos esperando por sua caridade, Irmã Dulce também quase não dormia. Eram no máximo quatro horas de sono por noite, sentada numa cadeira de madeira maciça. Começou a dormir ali para pagar uma promessa e usou a espreguiçadeira por 30 anos, até ser proibida pelo médico.

Irmã Dulce fundou, em 17 de janeiro de 1984, as Filhas de Maria Servas dos Pobres, uma associação pública de fiéis de direito diocesano, com estatutos aprovados pelo arcebispo de Salvador, com o objetivo de continuar a sua obra na OSID após a sua morte.

Em 1988, ela foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce esteve com o Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, e recebeu dele o incentivo para prosseguir com a sua obra.

Os dois se encontrariam de novo em 20 de outubro de 1991, na segunda visita de João Paulo II ao país. O papa fez questão de mudar sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, muito debilitada, no seu leito de enferma. 

Cinco meses depois da visita do Papa, aos 13 de março de 1992, Irmã Dulce morreria, aos 77 anos. No velório, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, políticos, empresários, artistas, se misturavam a dor das milhares de pessoas simples, anônimas. Muitas delas, o povo simples e pobre, justamente para quem Irmã Dulce dedicou a sua vida.

Oração
Senhor Nosso Deus,
recordando a Vossa Serva Dulce Lopes Pontes,
ardente de amor por Vós e pelos irmãos,
nós vos agradecemos pelo seu serviço a favor dos pobres e dos excluídos.
Renovai-nos na fé e na caridade, e concedei-nos a seu exemplo vivermos a comunhão com simplicidade e humildade, guiados pela doçura
do Espírito de Cristo, Bendito nos séculos dos séculos.
Amém

Fontes: santosdobrasil.org.br e irmadulce.org.br

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