Neste 29º Domingo do Tempo Comum celebramos o Dia Mundial das Missões. Mas...o que é "missão"? Se olharmos em um dicionário comum, teremos que é um encargo, uma incumbência. Nesse sentido, o que seria "missão" no contexto cristão?
Jesus, enviado por Deus Pai ao mundo, veio anunciar o seu Reino, a sua Verdade, por meio de sua Palavra. Tendo cumprido a sua missão, deixou-nos a nossa: “Ide por todo o mundo, proclamar o Evangelho a toda criatura”(Mc 16, 15).
Jesus Cristo, o grande missionário do Pai, envia seus discípulos em constante atitude de missão. Quem se apaixona por Jesus Cristo deve transbordá-lo no testemunho e no anúncio de sua pessoa e mensagem. A Igreja existe para anunciar, por gestos e palavras, a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo. Fechar-se à dimensão missionária implica fechar-se ao Espírito Santo atuante, impulsionador e defensor. Em toda a sua história, a Igreja nunca deixou de ser missionária. Em cada tempo e lugar, esta missão assume perspectivas distintas (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 30). Somos todos "discípulos missionários" de Jesus, chamados a manter viva sua presença no mundo. Neste redescobrir missionário, emerge, em primeiro lugar, o papel de cada pessoa batizada em todos os lugares e situações em que se encontrar.
"A fidelidade dos batizados é condição primordial para o anúncio do Evangelho e para a missão da Igreja no mundo. Para manifestar diante dos homens sua força de verdade e de irradiação, a mensagem da salvação deve ser autenticada pelo testemunho de vida dos cristãos: 'O próprio testemunho da vida cristã e as boas obras feitas em espírito sobrenatural possuem a força de atrair os homens para a fé e para Deus'."
O Papa João XXIII, na Encíclica “Princeps Pastorum”, escreve o seguinte sobre o dever de todo cristão: “Cristo – dizia um grande Padre da Igreja – deixou-nos na terra a fim de que nos tornássemos faróis que iluminam, doutores que ensinam; a fim de que cumpríssemos o nosso dever de fermento; a fim de que nos comportássemos como anjos, como anunciadores entre os homens; a fim de que fôssemos adultos entre os menores, homens espirituais entre os carnais a fim de os ganharmos, a fim de que fôssemos semente e déssemos frutos numerosos. Nem sequer seria necessário expor a doutrina se a nossa vida fosse irradiante a esse ponto; não seria necessário recorrer às palavras, se as nossas obras dessem um tal testemunho. Não haveria mais nenhum pagão, se nos comportássemos como verdadeiros cristãos”.
Peçamos a Deus que nos conceda a graça de bem servi-lo, de "combater o bom combate", e de anunciá-Lo, como nos pede São Paulo (2TM 4,2): "proclama a Palavra, insiste oportuna ou impor- tunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda paciência e doutrina"
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