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Lições do Papa

O mundo todo tem se atentado com as palavras do Papa Francisco. Seja por considerá-lo "revolucionário", seja pela novidade de um Papa "latino", o fato é que todos estão "de ouvidos atentos" ao que o novo Papa tem a dizer. 

Não foi à toa que ele foi eleito personalidade do ano pela revista Times e personagem do ano na Internet: seus discursos são sempre boas oportunidades de ouvir e aprender. Diariamente, nas celebrações em Santa Marta, no Angelus na Praça São Pedro ou nas mensagens enviadas via Twitter, o Santo Padre traz reflexões que não só nos ensinam, mas também nos enchem de ânimo para a caminhada ao seguir e anunciar Jesus.

Por isso, selecionamos alguns trechos de mensagens dadas pelo Papa nos últimos dias para que sirvam de reflexão no nosso dia a dia. Todas os excertos foram tirados da Agência de notícias do Vaticano, e ao final de cada um há o link para a leitura da íntegra.

Hoje pela manhã, na catequese que o Papa faz toda quarta-feira, o tema foi o sacramento do Crisma:

"O sacramento da Crisma ou Confirmação forma, juntamente com o Batismo e a Eucaristia, a chamada "iniciação cristã", um único evento de salvação no qual somos inseridos em Jesus morto e ressuscitado e nos tornamos novas criaturas e membros da Igreja. Habitualmente chamamos a este sacramento Crisma, palavra que significa unção; nele usa-se o óleo do Santo Crisma, com o qual somos ungidos pela força do Espírito Santo que nos plasma à imagem de Cristo. Por sua vez o termo Confirmação nos lembra que este sacramento produz um crescimento na graça do Batismo e nos dá uma força especial para propagar e defender a fé, através dos sete dons do Espírito Santo. E, quando acolhemos em nós o Espírito Santo, o próprio Cristo se faz presente e toma forma na nossa vida; será Ele que através de nós rezará, infundirá consolação, far-se-á próximo aos necessitados, criará união e semeará a paz." (Íntegra)

Na última segunda-feira, dia 27, o Papa Francisco fez um agradecimento especial aos  bispos e sacerdotes com as seguintes palavras:

A unção aproxima os bispos e os sacerdotes ao Senhor, e dá a eles a alegria e a força para levar para frente um povo, a viver ao serviço de um povo”. Doa a alegria de sentirem-se “escolhidos pelo Senhor, seguidos pelo Senhor, como aquele amor com que o Senhor olha para nós, para todos nós”. Assim, “quando pensamos nos bispos e sacerdotes, devemos pensá-los assim: ungidos.
Ao contrário, não se entende a Igreja, mas não só não a entendemos como não se consegue explicar como a Igreja vai avante somente com as forças humanas. Esta diocese vai avante porque tem um povo santo, tantas coisas, e também um ungido que é a conduz, que a ajuda a crescer. Esta paróquia vai para frente porque há muitas organizações, tantas coisas, mas também tem um sacerdote, um ungido que a leva para frente. E nós na história conhecemos uma mínima parte: quantos bispos santos, quantos sacerdotes, quantos padres santos que deixaram as suas vidas e dedicaram-se ao serviço da diocese, da paróquia; quantas pessoas receberam a força da fé, a força do amor, a esperança desses párocos anônimos, que nós não conhecemos. Existem muitos deles.São tantos os párocos do interior ou da cidade, que com a sua unção deram força ao povo, transmitiram a doutrina, deram os sacramentos, isto é a santidade.Mas, padre, eu li em um jornal que um bispo fez tal coisa, ou que um padre fez tal coisa. Oh sim, também eu li, mas, me diga, os jornais dão também notícias daquilo que fazem tantos sacerdotes, tantos padres em muitas paróquias da cidade ou do interior, que fazem tanta caridade, tanto trabalho para levar avante o seu povo? Isso, não! Isso não é notícia. É sempre assim: faz mais barulho uma árvore que cai, do que uma floresta que cresce. Hoje, pensando na unção de Davi, nos faz bem pensar em nossos bispos e nos nossos sacerdotes corajosos, santos, bons, fiéis, e rezar por eles. Graças a eles hoje nós estamos aqui” (Íntegra da matéria)

Mas nem só aos sacerdotes fala o Papa. Fala também para os leigos e leigas, questiona, instiga e faz refletir sobre como está nossa relação com Deus. Na homilia de ontem, dia 29, o Papa prolongou-se sobre a descrição da festa improvisada por David devido ao regresso da arca da aliança tal como é narrado na primeira leitura da liturgia do dia (2 Samuel 6, 12-15.17-19). Face a este episódio «pensei imediatamente – confidenciou o Bispo de Roma – naquela palavra de Sara depois de ter dado à luz Isaac: “o Senhor fez-me dançar de alegria”. Esta idosa de 90 anos dançou de alegria». David era jovem, repetiu, mas também ele «dançava diante do Senhor. Este é um exemplo de oração de louvor». Alguns, acrescentou, poderiam pensar que se trata de uma oração «para os da renovação no espírito [entenda-se, renovação carismática], e não para todos os cristãos. A oração de louvor é uma oração cristã para todos nós. E não tem importância se somos bons cantores. De fato, explicou o Papa, não é possível pensar que «és capaz de gritar quando a tua equipa marca gol e não és capaz de cantar louvores ao Senhor, de sair um pouco da tua compostura para cantar ao Senhor».

“Uma boa pergunta que nós podemos nos fazer hoje: ‘Mas como vai a minha oração de louvor? Eu sei louvar ao Senhor? Sei louvar ao Senhor quando rezo o Glória ou o Santo, ou movo somente a boca sem usar o coração?’.
(...) O homem ou a mulher que louvam ao Senhor, que rezam louvando ao Senhor – e quando o fazem sentem-se felizes em dizê-lo – e se alegram «quando cantam o Santo na missa» são um homem ou uma mulher fecundos. Ao contrário, acrescentou Francisco, os que «se fecham na formalidade de uma oração fria, comedida, talvez acabem como Michal [esposa de Davi, que o desprezou após sua manifestação de alegria pelo retorno da Arca], na esterilidade da sua formalidade.(Íntegra da homilia)

No último dia 24, o Papa falou obre nossas atitudes em relação ao próximo. Dialogar é difícil”, reconheceu o Papa. Mas pior do que tentar construir uma ponte com o adversário é deixar crescer no coração o rancor por ele. Agindo desta maneira, afirmou o Pontífice, permanecemos “isolados na amargura do nosso ressentimento”. Um cristão, ao invés, tem Davi como modelo, que vence o ódio com “um ato de humildade”:

"Humilhar-se, e sempre criar pontes, sempre. Sempre. E isso é ser cristão. Não é fácil. Jesus conseguiu: se humilhou até o fim, nos mostrou o caminho. E é necessário que não passe muito tempo: quando existir um problema, depois que a tempestade passar, o mais rápido possível, na primeira oportunidade deve-se recorrer ao diálogo, porque o tempo aumenta o muro, assim como aumenta a erva daninha que impede o crescimento do trigo. E quando os muros crescem, a reconciliação se torna mais difícil: é muito difícil!."

No site do Vaticano há uma seção especial para as Palavras do Papa, clique aqui e acesse.


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