Em meio ao silêncio e à retidão da Quaresma, a Igreja comemora a memória de São José, esposo da Virgem Maria, e pai "terreno" de Jesus. Publicamos a seguir, o trecho dos sermões de São Bernardino de Sena, que nos revela a face de "Guarda fiel e providente" de São José.
"É esta a regra geral de todas as graças singulares concedidas a qualquer criatura racional: quando a divina providência escolhe alguém para uma graça singular ou para um estado elevado, concede à pessoa assim eleita todos os carismas que são necessários ao seu ministério.
Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai putativo do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Senhora dos Anjos, que foi escolhido pelo Eterno Pai para guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E fidelissimamente desempenhou este ofício; por isso lhe disse o Senhor: Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor.
Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: não é acaso ele o homem eleito e singular, por meio do qual e sob o qual, de modo ordenado e honesto, se realizou a entrada de Cristo no mundo? Se portanto toda a Santa Igreja é devedora à Virgem Mãe, porque por meio dela recebeu Cristo, assim também, logo a seguir a ela, deve a São José uma singular gratidão e reverência.
Ele é na verdade o termo da Antiga Aliança, nele a dignidade dos Patriarcas e dos Profetas alcança o fruto prometido. Ele é o único que realmente alcançou aquilo que a divina condescendência lhes tinha prometido. E não devemos duvidar que a intimidade, a reverência e a sublime dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como filho para com seu pai, decerto também lha não negou no Céu, mas antes a completou e consumou.
Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com as vossas orações junto do vosso Filho; tornai-nos também propícia a Virgem vossa Esposa, que é a Mãe d’Aquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim, Amen."
Hoje pela manhã, na Audiência Geral, o Papa Francisco também dedicou a São José o tema da catequese:
"Hoje celebramos a solenidade de São José, Esposo de Maria e Padroeiro da Igreja Universal. Posto à frente da Sagrada Família, assumiu a missão de educador, guardando e acompanhando Jesus no seu crescimento em «sabedoria, estatura e graça». O crescimento em "estatura" se refere ao crescimento físico e psicológico, onde José, junto com Maria, teve uma atuação mais direta procurando que nada faltasse na criação de Jesus e libertando-O das dificuldades como a ameaça de morte vinda de Herodes que os levou à fuga para o Egito. Quanto à educação na "sabedoria", José foi para Jesus exemplo e mestre, deixando-se sempre nutrir pela Palavra de Deus; esta ensina que o princípio da sabedoria é o temor do Senhor. No que se refere à dimensão da "graça", a influência de José consistia em favorecer a ação do Espírito Santo no coração e na vida de Jesus. De fato, José educou a Jesus, em primeiro lugar, com o exemplo: o exemplo de um homem justo que sempre se deixava guiar pela fé."
"É esta a regra geral de todas as graças singulares concedidas a qualquer criatura racional: quando a divina providência escolhe alguém para uma graça singular ou para um estado elevado, concede à pessoa assim eleita todos os carismas que são necessários ao seu ministério.
Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai putativo do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Senhora dos Anjos, que foi escolhido pelo Eterno Pai para guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E fidelissimamente desempenhou este ofício; por isso lhe disse o Senhor: Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor.
Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: não é acaso ele o homem eleito e singular, por meio do qual e sob o qual, de modo ordenado e honesto, se realizou a entrada de Cristo no mundo? Se portanto toda a Santa Igreja é devedora à Virgem Mãe, porque por meio dela recebeu Cristo, assim também, logo a seguir a ela, deve a São José uma singular gratidão e reverência.
Ele é na verdade o termo da Antiga Aliança, nele a dignidade dos Patriarcas e dos Profetas alcança o fruto prometido. Ele é o único que realmente alcançou aquilo que a divina condescendência lhes tinha prometido. E não devemos duvidar que a intimidade, a reverência e a sublime dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como filho para com seu pai, decerto também lha não negou no Céu, mas antes a completou e consumou.
Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com as vossas orações junto do vosso Filho; tornai-nos também propícia a Virgem vossa Esposa, que é a Mãe d’Aquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim, Amen."
Hoje pela manhã, na Audiência Geral, o Papa Francisco também dedicou a São José o tema da catequese:
"Hoje celebramos a solenidade de São José, Esposo de Maria e Padroeiro da Igreja Universal. Posto à frente da Sagrada Família, assumiu a missão de educador, guardando e acompanhando Jesus no seu crescimento em «sabedoria, estatura e graça». O crescimento em "estatura" se refere ao crescimento físico e psicológico, onde José, junto com Maria, teve uma atuação mais direta procurando que nada faltasse na criação de Jesus e libertando-O das dificuldades como a ameaça de morte vinda de Herodes que os levou à fuga para o Egito. Quanto à educação na "sabedoria", José foi para Jesus exemplo e mestre, deixando-se sempre nutrir pela Palavra de Deus; esta ensina que o princípio da sabedoria é o temor do Senhor. No que se refere à dimensão da "graça", a influência de José consistia em favorecer a ação do Espírito Santo no coração e na vida de Jesus. De fato, José educou a Jesus, em primeiro lugar, com o exemplo: o exemplo de um homem justo que sempre se deixava guiar pela fé."
Valei-nos, São José!
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