Avançamos para o fim da Quaresma e cabe uma reflexão sobre a Campanha da Fraternidade deste ano. Um tema, como já abordado neste blog, complexo e que muitas vezes parece distante de nossa realidade, mas que se torna muito mais comum quando nos esforçamos para enxergar algumas realidades à nossa volta.
Na missa do dia 30 de março, organizada pelos jovens dA Praça, ouvimos o Evangelho da cura do cego, no qual Jesus é categórico ao dizer "Se fosseis cegos não teríeis culpa; mas como dizeis 'Nós vemos' o vosso pecado permanece" (Jo 9, 41). Nossos olhos estão habituados a enxergar apenas o que nos interessa, e isso pode fazer com que muitas vezes contribuíamos para inúmeras injustiças, como os casos de tráfico humano.
Na última sexta-feira, por exemplo, foram libertadas 11 pessoas em situação de trabalho escravo na Bahia. Em um primeiro momento, podemos pensar que talvez fosse em uma carvoaria ou alguma lavoura de cacau - contextos em que, infelizmente, é comum ver este tipo de noticia. Entretanto, não foi em nenhum deles que isso aconteceu, e sim, em um navio que fazia um cruzeiro pelo litoral brasileiro. Clique aqui para ler a notícia.
Onde estão os nossos olhos? No brilho reluzente do cruzeiro, das grandes marcas de roupas e eletrônicos, ou na preocupação social do que pode estar por trás de tudo aquilo que consumimos?
Peçamos a Deus, por meio da oração da Campanha da Fraternidade, que nos ajude a enxergar as situações degradantes e a discernir sobre como podemos ajudar as pessoas que sofrem com elas.
Oração
da Campanha da Fraternidade de 2014
Ó
Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo
e
vos compadeceis dos oprimidos e escravizados.
Fazei
que experimentem a libertação
da
cruz
e
a ressurreição de Jesus.
Nós
vos pedimos pelos
que sofrem
o flagelo do tráfico
humano.
Convertei-nos pela
força do vosso Espírito,
e tornai-nos
sensíveis às dores destes nossos irmãos.
Comprometidos na
superação deste mal,
vivamos como vossos
filhos e filhas,
na
liberdade e na paz.
Por
Cristo nosso Senhor.
AMÉM!
Créditos das imagens: Fotos de José Luis Altieri; manequins expostos no Arsenal da Esperança.
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