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Como surgiu a oração do Angelus?


V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria…

V. Eis a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.
Ave Maria…

V. E o Verbo divino encarnou.
R. E habitou no meio de nós.
Ave Maria…

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


Oremos: Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Milhares de pessoas reúnem-se ao meio-dia de domingos e dias santos na Praça São Pedro, para acompanhar a oração mariana do Angelus conduzida pelo papa Francisco. Mas, como se desenvolveu esta tradição?

A recitação do Angelus, acompanhada pelo badalar dos sinos das igrejas, teve início no século XIII, de grande devoção mariana. Era chamada na época de “oração da paz”, pois o objetivo era honrar o Filho de Deus que, encarnando-se no seio da Virgem Maria, colocou os fundamentos da paz entre Deus e os homens. A oração era rezada somente no início da noite, pois se acreditava que o Arcanjo Gabriel apresentou-se a Virgem Maria ao entardecer. Inicialmente era composta pelas palavras da primeira parte da Ave Maria, repetidas diversas vezes. Somente mais tarde assumiu a fórmula rezada atualmente.

Alguns defendem que a prática tenha nascido na Alemanha, no início do século XIII, baseados em expressões marianas escritas em sinos. Outros atribuem a origem da prática mariana a Gregório IX, (por volta de 1241), o Papa que foi eleito aos 85 anos.

A primeira notícia precisa sobre o Angelus Domini remonta a 1269, período em que São Boaventura de Bagnoregio, conhecido como “doutor Serafico”, foi superior geral da Ordem Franciscana. De fato, durante o capítulo geral dos Frades Menores realizado em Pisa, foi prescrito aos frades a saudação a Nossa Senhora todas as noites, com o som dos sinos e a recitação de algumas ‘Ave Marias’, recordando o mistério da encarnação do Senhor. Foi estabelecido também, que nas pregações, “os freis deveriam persuadir o povo a saudar algumas vezes a Bem aventurada Virgem Maria ao som do sino de Compieta, à noite”.

Já no Sínodo de Strigonia (Hungria), em 1307, um decreto prescreveu que os sinos deveriam tocar todas as noites “instar tintinnabuli” (docemente) e os fiéis que tivessem recitado três Ave Marias receberiam indulgência plenária. Com o passar do tempo, a oração passou a ser rezada também durante a manhã, a partir de 1400. Mas foi o papa Calisto III, em 1456, que prescreveu o baladar dos sinos do Angelus também ao meio-dia com a oração de três Ave Marias.

Por fim, um sínodo realizado em Colônia no início do século XV, estabelecia claramente: “De agora em diante, todos os dias, em cada igreja, no nascer do sol, seja tocado três vezes os sinos como se costuma fazer ao entardecer, para saudar a Virgem gloriosíssima”. E se concedia indulgência àqueles que, durante o tocar dos sinos, tivessem recitado três Ave Marias.

O papa Paulo VI, incluiu a oração no documento Marialis cultus, exortando a manter vivo o costume de recitá-la diariamente. O Angelus também foi uma oração muito cara ao papa João Paulo II, que a constituiu momento de encontro com fiéis de todo o mundo, na Praça São Pedro.

O Angelus do meio-dia – hoje o mais difundido, mesmo porque é vivido como forma de parada nos cansaços do dia e elevação do pensamento a Mãe do Céus – foi o último a ser introduzido na prática dos fiéis e difundiu-se muito lentamente.

Em 1475, o rei da França, Luis XVI, obteve do papa Sisto IV que fossem concedidos 300 dias de indulgência àqueles que “ao meio-dia recitassem devotamente três Ave Marias pelo bem da paz e a unidade do Reino”. Tal prática – chamada por isto ‘a Ave, Maria da paz” – foi logo colocada em relação com a Ave Maria da noite e transformada no Angelus do meio-dia.

Sob o Pontificado do papa Sisto IV (1471-1484) o Angelus do meio-dia foi introduzido também na Inglaterra, a pedido da Princesa Elizabeth, futura mãe de Henrique VIII. Em um livro de orações de 1526 se especificava que Sisto IV havia concedido especial indulgência a quem tivesse recitado “três Ave Marias às 6 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde”. 

Pio XII inaugurou o encontro com os fiéis, assomando à janela do escritório do palácio Apostólico para “dar uma palavra de fé aos fiéis e a bênção e João XXIII introduziu outras palavras à oração do Angelus.

Já a primeira ‘transmissão’ do Angelus festivo ocorreu com o papa Pio XII, em 15 de agosto de 1954, em Castel Gandolfo, por ocasião da convocação do Ano Mariano Universal. Antes da oração, o padre Francesco Pellegrino explicou a importância do acontecimento e o significado da homenagem a Maria, desejada “para que todos os fiéis pudessem unir-se ao Papa na saudação a Mãe de Deus”.

Fonte: Arquidiocese de São Paulo


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