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Encaminhamentos do Sínodo dos Bispos (III)

Perspectivas pastorais

Anunciar o Evangelho da família com a ternura de mãe e clareza de mestra
“O anúncio do Evangelho da família constitui uma urgência para a Nova Evangelização. A Igreja é chamada a atuar com a ternura de mãe e clareza de mestra (cf Ef 4,15), em fidelidade à Kenosi misericordiosa de Cristo. A verdade se encarna na fragilidade humana não para condená-la, mas para salvá-la (cf Jo 3,16-17)”. (N.29)

As famílias cristãs: chamadas a serem sujeitos ativos da Pastoral Familiar
“Evangelizar é responsabilidade de todo o povo de Deus (...). Sem o testemunho alegre dos casais e das famílias, igrejas domésticas, o anúncio, ainda que correto, corre o risco de ser incompreendido ou de se afogar no mar de palavras que caracteriza a nossa sociedade (cf Novo Millenio Ineunte, 50). Os padres sinodais, muitas vezes, reafirmaram que as famílias católicas (...) são chamadas a ser sujeitos ativos da pastoral da família”.  (N.30)

O primado da Graça e a necessidade de uma conversão missionária
“Será decisivo acentuar o primado da graça e as possibilidades que o Espírito doa no sacramento (...) à luz da Parábola do semeador (Mt 13,3ss); a nossa tarefa é de cooperar na semeadura: o resto é obra de Deus. Desnecessário lembrar que a Igreja que prega sobre a família é sinal de contradição”. (N.31).  “Por isso, se exige que toda a Igreja viva uma conversão missionária: é necessário não se limitar a um anúncio teórico, meramente teórico e desligado dos problemas reais das pessoas” (tendo em vista que) a crise da fé comportou uma crise do Matrimônio e da família e, como consequência, muitas vezes, se interrompeu a transmissão da fé dos pais para os filhos”. (N. 32) “A conversão deve ser também da linguagem para que esta seja efetivamente significativa”. (N.33)

Leitura orante da Palavra de Deus
“A Palavra de Deus é fonte de vida e de espiritualidade para a família. Toda a Pastoral Familiar deverá deixar-se modelar interiormente e formar membros da Igreja doméstica, mediante a leitura orante e eclesial da Sagrada Escritura. A Palavra de Deus não é apenas uma boa notícia para a vida privada das pessoas, mas também um critério de juízo e uma luz para o discernimento dos diversos desafios com os quais se confrontam os casais e as famílias”. (N. 34)
Matrimônio cristão: vocação que exige preparação adequada dentro de um itinerário de fé
“O Matrimônio cristão é uma vocação que se acolhe com uma preparação adequada dentro de um itinerário de fé, com um discernimento maduro, e que não seja considerado apenas como uma tradição cultural ou exigência social jurídica. Portanto, ocorre realizar percursos que acompanhem a pessoa e o casal de modo que, à comunicação dos conteúdos da fé se una a experiência de vida oferecida por toda a comunidade eclesial”. (N.36) “Foi repetidamente acentuada a necessidade de um renovamento radical das práticas pastorais à luz do Evangelho da família, superando óticas individualistas que ainda a caracterizam. Por isso, muitas vezes, se insistiu sobre o renovamento da formação dos padres, dos diáconos, dos catequistas e demais agentes de pastoral, mediante um maior envolvimento das famílias”.  (N.37)

Evangelização profética que denuncie os condicionamentos sociais e a lógica do mercado
“Foi enfaticamente destacada a necessidade de uma evangelização que denuncie com franqueza, os condicionamentos culturais, sociais, políticos e econômicos, com o excessivo espaço dado à lógica do mercado, que impedem uma autêntica vida familiar, determinando discriminações, pobreza, exclusões, violência. Para tanto, seja desenvolvido um diálogo e cooperação com as estruturas sociais, e sejam encorajados e incentivados os leigos que se empenham, como cristãos, no âmbito cultural e sociopolítico”. (N.38)

Preparação do Matrimônio: resgate das virtudes e da castidade
“Na preparação para o Matrimônio, ‘é necessário recordar a importância das virtudes. Entre estas, a castidade resulta condição preciosa para o crescimento genuíno do amor interpessoal’. (...) Os Padres sinodais foram concordes em destacar a exigência de um maior envolvimento de toda a comunidade, privilegiando o testemunho das famílias, além de radicar a preparação do Matrimônio no caminho da iniciação cristã, destacando o nexo do Matrimônio com o Batismo e os demais sacramentos. Evidenciou-se, ainda, a necessidade de programas específicos para a preparação próxima do Matrimônio que sejam verdadeiras experiências de participação na vida eclesial e aprofundamento de diversos aspectos da vida familiar”. (N. 39)

Acompanhar os primeiros anos da vida matrimonial
“Os primeiros anos de Matrimônio são um período vital e delicado durante o qual os casais crescem na consciência dos desafios e do significado do Matrimônio. Daí a exigência de um acompanhamento pastoral que continue após a celebração do Sacramento (cf Familiaris Consortio, parte III). Resulta de grande importância nessa pastoral a presença de casais de esposos com experiência. A Paróquia é considerada como o lugar onde casais experientes podem se colocar à disposição dos casais mais jovens, com a eventual participação de associações, movimentos eclesiais e novas comunidades”. (N.40)

Encorajar os casais a acolherem a vida e terem filhos
“Ocorre encorajar os esposos a uma atitude fundamental de acolhimento do grande dom dos filhos. Vai destacada a importância da espiritualidade familiar, da oração e da participação na Eucaristia dominical, incentivando os casais a reunirem-se regularmente para promover o crescimento da vida espiritual e a solidariedade nas exigências concretas da vida”. (N. 40)

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