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50 anos de ordenação episcopal de Dom Paulo Evaristo Arns



O arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Paulo Evaristo Arns, completa, no dia 3 de julho, 50 anos de sua ordenação episcopal.

Para marcar seu jubileu de ouro episcopal, serão realizadas uma série de eventos na Arquidiocese de São Paulo, com destaque para a solene celebração eucarística no dia 2 de julho, às 10h, na Catedral da Sé.



Dom Paulo Evaristo nasceu em Forquilhinha, Criciúma, SC, em 14.09.1921. Ingressou na ordem franciscana em 1939. Ordenou-se presbítero a 30.11.1945 em Petrópolis, RJ. Frequentou a Sorbonne de Paris, onde laureou-se em Patrística e Línguas clássicas. Foi professor e mestre dos clérigos, diretor do CIC e jornalista profissional. Trabalhou como vigário nos subúrbios de Petrópolis, onde era amigo das crianças e dos pobres dos morros, quando foi indicado bispo auxiliar de Dom Agnelo Rossi, no dia 02.05.1966 e sagrado em 03.07.1966, como bispo titular de Respecta.
Atuou intensamente na Região Norte de São Paulo. Foi nomeado Arcebispo de São Paulo no dia 22.10.1970, tomando posse dia 01.11.1970.
Perante o núncio apostólico, vinte e oito bispos e arcebispos, diante do governador, do prefeito e cerca de cinco mil fiéis, Dom Paulo tendo a mãe presente, Sra. Helena Steiner Arns, com 76 anos, e seus quatorze irmãos, fez comovente exortação, da qual extraímos:
"Venho do meio do povo desta Arquidiocese a que já pertencia, do clero a quem amo e de quem sou irmão, dos religiosos que comigo se esforçam para serem sinal e esperança dos bens que estão para chegar, dos leigos que entendem o serviço aos irmãos como tarefa essencial de sua existência."
Feito Cardeal por Paulo VI no consistório de 05.03.1973, com o título de Santo Antônio na Via Tuscolana.
Assim que assume a diocese incrementa fortemente a participação dos leigos nos passos do Concílio Vaticano II. Realiza a Operação Periferia, vendendo o palácio Episcopal e assume destemida defesa dos direitos humanos constantemente violados pela ditadura militar. Torna-se voz dos sem voz e arauto da justiça social em nossa pátria. É de sua responsabilidade a edição do livro e relatório "Brasil, nunca mais", marco na luta contra a tortura.
Cria novas regiões episcopais, realiza amplo plano de pastoral urbana e lança as bases para a ação colegiada na grande metrópole de São Paulo. Criou as condições essenciais para a entre-ajuda do projeto "Igrejas-irmãs". Em seu tempo Dom Paulo cria quarenta e três paróquias, incentiva e apoia o surgimento de mais de duas mil comunidades de base nas periferias da metrópole paulistana, particularmente nas atuais dioceses sufragâneas de São Miguel, Osasco, Campo Limpo e Santo Amaro, além das regiões de Belém e de Brasilândia. Esta era a resposta eficaz e efetiva ao crescimento desordenado, à miséria crescente e à migração constante e forçada para a capital de São Paulo.
Em 1975 tem como bispos auxiliares, Dom José Thurler, Dom Benedito de Ulhôa Vieira, Dom Francisco Manuel Vieira, Dom Mauro Morelli, Dom Joel Ivo Catapan e Dom Angélico Sândalo Bernardino, cada qual assumindo uma das seis regiões episcopais, divididas em setores de pastoral com autonomia e dinâmica próprias. Ainda serão escolhidos Dom Luciano Mendes de Almeida, Dom Alfredo Novak, Dom Antônio Celso Queiroz, Dom Fernando Penteado, Dom Antônio Gaspar e Dom Décio Pereira.
Cada setor deverá assumir e articular as quatro prioridades escolhidas pelo povo: Comunidades eclesiais de base, Direitos humanos e Marginalizados, Mundo do Trabalho e Pastoral da Periferia.
A arquidiocese começa a agir de acordo com planos de pastoral, nos moldes da CNBB, fixando a cada dois anos e depois a cada quatro anos objetivos e prioridades pastorais para garantir eficácia e unidade pastoral evangelizadora. Foram sete os planos de pastoral aplicados no tempo de D. Paulo, sempre motivados pelo lema: De esperança em esperança. As prioridades do 7° plano são: Saúde, Moradia, Mundo do Trabalho e Educação.
Depois de inúmeras divisões de seu território ao longo dos anos, a Arquidiocese tinha em 1997, a seguinte configuração:
  • seis regiões episcopais,
  • cinqüenta setores de pastoral,
  • três vicariatos ambientais,
  • duzentos e sessenta e sete paróquias territoriais e pessoais,
  • dez santuários,
  • quatrocentos e sessenta e uma comunidades eclesiais de base,
  • vinte e cinco pastorais articuladas pela cidade,
  • trinta e seis movimentos de leigos,
  • coordenados por dezenas de ministros e ministras leigas, com o apoio ministerial de 2337 religiosas,
  • 771 sacerdotes diocesanos e religiosos,
  • cinqüenta e nove seminaristas,
  • cinco bispos auxiliares e um vigário episcopal (D. Antonio Gaspar, Dom Joel Ivo Catapan, Dom Antonio Celso de Queiróz, Dom Angélico Sândalo Bernardino, D. Fernando José Penteado, Mons. Walter Caldeira) e o pastor diocesano, Dom Paulo Evaristo Arns.
Dom Paulo é autor de 56 livros e recebeu mais de uma centena de títulos nacionais e internacionais.
Fonte: arquisp.org

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