Na última quinta-feira, Solenidade de Corpus Christi, o padre Marcelo Delcin aproveitou a homilia para fazer uma verdadeira catequese sobre diversos aspectos importantes da nossa relação com Deus e como isso se dá nas práticas religiosas do católico.
Afinal, faltar à missa é assim tão grave? Por quê?
Para entender esta importância, lembramos que participar da missa aos domingos e outros dias santos (como as Solenidades, o Tríduo Pascal) é o primeiro dos cinco mandamentos da Igreja Católica. (não lembra quais são? Clique aqui!). Da mesma maneira como não há "corintiano não praticante", não pode haver "católico não praticante" - e todas as práticas do católico nascem da participação à Santa Missa.
No final de 2017, o Papa Francisco fez uma série de 15 catequeses sobre a Santa Missa e seus diferentes momentos (Não leu? Clique aqui para ter acesso a elas!) e abriu uma delas dizendo: "Nós, cristãos, vamos à Missa aos domingos para encontrar o Senhor Ressuscitado, ou melhor, para nos deixarmos encontrar por Ele, ouvir a sua palavra, alimentar-nos à sua mesa e assim tornar-nos Igreja, isto é, seu Corpo místico vivo no mundo." (Papa Francisco, Audiência Geral de 13/12/2017)
Como o Padre Marcelo Delcin bem salientou em sua homilia na quinta-feira, vamos à missa para dizer a Deus: "Senhor, eu preciso de Ti!", para renovar nosso compromisso, nossa "energia", encontrando o Senhor, comungando de seu Corpo e Sangue. Tudo o que nos separa de Deus, é pecado - e não participar da Santa Missa, nos separa de Deus.
Nas palavras do Pe. Luiz Camilo Jr.: (artigo completo aqui)
"Ir à missa, seja no domingo ou em outro dia da semana, não pode ser por mera obrigação religiosa, deve ser, antes de tudo, uma busca sincera em dar esta resposta de amor a Cristo que nos amou primeiro e nos amou com a vida. E é justamente nos momentos em não há nenhuma motivação para participar, nenhuma vontade pessoal em ir, que sou chamado a fazer um verdadeiro até de fé. Pois viver a fé é ser capaz de não fazer unicamente aquilo que desejo, aquilo que me convêm, aquilo que é mais fácil e interessante no momento. Não vou à missa para satisfazer a minha vontade, mas sim para fazer a vontade do Pai. E Para dizer sim ao querer de Deus é preciso, muitas vezes, ter coragem de dizer não ao que eu quero. Assim Jesus nos ensinou a rezar: “Pai, seja feita a Tua vontade”.
Quando não vou à missa porque um motivo grave me impede: saúde, um problema de última hora, isso não é questão de pecado. Mas quando escolho não ir, porque preferi viver outra coisa que julguei ser mais interessante fazer no domingo, e às vezes só para ficar em casa mesmo, dormindo ou vendo TV, e o encontro com o Cristo e com a comunidade não foi uma prioridade no coração, então se torna pecado, pois a resposta que Jesus pede ao meu coração de discípulo: “Tu me amas mais do que estes?”, não é respondida com uma atitude de vida e de querer estar com ele para permanecer nele. Amor é escolha, e se escolho fazer outra coisa que não busca-lo na Eucaristia, isso demonstra que não estou dando a resposta de amor que ele espera receber de mim. A participação na missa tem que ser esta resposta de amor que damos a Cristo, de reconhecer o lugar fundamental que Ele ocupa na nossa vida."
E voltando ao Papa Francisco:
"Como podemos responder a quem diz que não é preciso ir à Missa, nem sequer aos domingos, porque o importante é viver bem, amar o próximo? É verdade que a qualidade da vida cristã se mede pela capacidade de amar, como disse Jesus: «Disto todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35); mas como podemos praticar o Evangelho sem haurir a energia necessária para o fazer, um domingo após o outro, na fonte inesgotável da Eucaristia? Não vamos à Missa para oferecer algo a Deus, mas para receber dele aquilo de que verdadeiramente temos necessidade. Recorda-o a oração da Igreja, que assim se dirige a Deus: «Tu não precisas do nosso louvor, mas por um dom do teu amor chamas-nos a dar-te graças; os nossos hinos de bênção não aumentam a tua grandeza, mas obtém para nós a graça que nos salva» (Missal Romano, Prefácio comum IV).
Em síntese, por que ir à Missa aos domingos? Não é suficiente responder que é um preceito da Igreja; isto ajuda a preservar o seu valor, mas sozinho não basta. Nós, cristãos, temos necessidade de participar na Missa dominical, porque só com a graça de Jesus, com a sua presença viva em nós e entre nós, podemos pôr em prática o seu mandamento, e assim ser suas testemunhas credíveis." (Papa Francisco, Audiência Geral de 13/12/2017)
Comentários
Postar um comentário