Agosto é o mês vocacional no Brasil. Muitas vezes, pode parecer que a palavra "vocação" na vida da igreja dirige-se apenas ao rapaz que pensa em ser padre ou à moça que pensa em ser freira. Será só isso mesmo? E se pensarmos que todos os batizados são chamados, ou seja, vocacionados a trabalhar na construção do reino?
Como cristãos somos chamados a ser profunda e incessantemente comprometidos com Cristo em nossas vidas e isso se revela em todos os âmbitos de nossa vida: em família, na escola, no trabalho e, claro, na vida em comunidade. Em sua mensagem pelo 56º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco nos ajuda a entender melhor o que é a vocação no sentido amplo na vida do cristão.
1- Vocação não é um peso em nossas costas: O convite do Senhor não é uma interferência de Deus na nossa liberdade; não é uma jaula que nos aprisiona. Pelo contrário, é a iniciativa amorosa com que Deus vem ao nosso encontro e nos convida a entrar num grande projeto, do qual nos quer participantes.
2- Xô, inércia! O desejo de Deus é que a nossa vida não se torne banal, não se deixe arrastar pela inérciados hábitos de todos os dias, nem permaneça parada diante das opções que poderiam dar significado à nossa existência. A vocação é um convite a não ficar parado, mas para seguir Jesus pelo caminho que Ele pensou para nós.
3- Ousadia e alegria: Abraçar o projeto de Deus requer a coragem de arriscar uma escolha. Para aceitar o chamado do Senhor, é preciso deixar-se envolver totalmente e correr o risco de enfrentar um desafio inédito. É preciso deixar tudo o que poderia nos manter amarrados, impedindo-nos de fazer uma escolha definitiva. É preciso audácia para descobrir o projeto que Deus tem para a nossa vida. Não há alegria maior do que arriscar a vida pelo Senhor!
4- Não sejam surdos! A vocação nos faz portadores de uma promessa de bem, amor e justiça para toda a sociedade, que precisa de cristãos corajosos, testemunhas autênticas do Reino de Deus. Por isso, não sejam surdos ao chamado do Senhor! Se Ele te chama, não se oponha e confie n’Ele. Não se deixe contagiar pelo medo que nos paralisa. Lembre-se que o Senhor promete a alegria de uma vida nova àqueles que O seguem, que enche o coração e anima o caminho.
5- Precisamos olhar para Maria: Na história daquela jovem, a vocação foi uma promessa e, simultaneamente, um risco. A sua missão não foi fácil, mas Ela não permitiu que o medo a vencesse. O SIM de Maria é de quem quer comprometer-se e arriscar-se, de quem quer apostar tudo, que confia sem exigir garantia. Maria teve, sem dúvida, uma missão difícil, mas as dificuldades não foram motivo para dizer “não”.
Aproveitando estas orientações, peçamos ao Senhor a graça do discernimento, comprometimento e fidelidade!
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Fonte: A12 (adaptado)
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