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O 3º domingo do Tempo Comum agora é o Domingo da Palavra de Deus

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No próximo domingo, o 3º do Tempo Comum, celebraremos pela primeira vez o Domingo da Palavra de Deus, instituído pelo Papa Francisco em setembro de 2019.

Com essa decisão o Papa busca responder aos muitos pedidos dos fiéis para que na Igreja se celebrasse o Domingo da Palavra de Deus. A carta do Santo Padre (Motu Proprio "Aperuit illis", disponível aqui) começa com a seguinte passagem do Evangelho de Lucas (Lc 24,45): 

Encontrando-se os discípulos reunidos, Jesus aparece-lhes, parte o pão com eles e abre-lhes o entendimento à compreensão das Sagradas Escrituras. Revela àqueles homens, temerosos e desiludidos, o sentido do mistério pascal, ou seja, que Ele, segundo os desígnios eternos do Pai, devia sofrer a paixão e ressuscitar dos mortos para oferecer a conversão e o perdão dos pecados; e promete o Espírito Santo que lhes dará a força para serem testemunhas deste mistério de salvação.

E por que celebrar as Sagradas Escrituras no início do Tempo Comum? A escolha tem um fundamento de unidade e ecumenismo, conforme explica o Papa, pois trata-se de "período do ano que convida a reforçar os laços com os judeus e a rezar pela unidade dos cristãos" (por conta da Semana de oração pela unidade dos cristãos, celebrada de 18 a 25 de janeiro). “Não é uma mera coincidência temporal: celebrar o Domingo da Palavra de Deus expressa um valor ecumênico, porque as Sagradas Escrituras indicam para aqueles que se colocam à escuta o caminho a ser percorrido para alcançar uma unidade autêntica e sólida”, reforça o Papa.

Rito da Palavra na Santa Missa

Na Santa Missa, o Senhor se dá a nós no pão e no vinho, mas também na Palavra. É por isso que o ambão - local onde são proclamadas as leituras - é considerado um segundo altar nas igrejas, o altar da Palavra. São Leonardo de Porto-Maurício dizia que da mesma forma que não deixamos uma só partícula da Hóstia Consagrada se perder, também não deveríamos deixar escapar de nossos ouvidos nenhum elemento das leituras proclamadas.

Assim, como sabemos, a Santa Missa é dividida em diferentes partes (chamados ritos). O Rito da Palavra é a segunda parte da missa, momento em que nos concentramos em ouvir a mensagem de amor que Deus tem para nós naquele dia. 

A Primeira Leitura, em geral, é tirada no Antigo Testamento, onde se encontra o passado remoto da História da Salvação. Em alguns tempos litúrgicos também são tiradas de outros livros do Novo Testamento que não sejam os Evangelhos.

Na sequência, temos o Salmo Responsorial que deve ser cantado, como uma forma de ajudar a comunidade a rezar e meditar a Palavra.

Já a Segunda Leitura, normalmente, é uma carta, retirada do Novo Testamento. Só é proclamada em missas dominicais ou de dias festivos, não nas missas feriais (no meio da semana). Assim, a Liturgia da Palavra, no decorrer das missas do ano, nos dá uma visão de toda a História da Salvação, recordando quase toda a Bíblia.
Antes do Evangelho os fiéis são chamados à "Aclamação": Jesus Cristo é a Palavra de Deus. Ele se torna presente na proclamação do Evangelho. Aclamar é aplaudir com alegria, através do "Aleluia" - que é justamente uma expressão de alegria, de ação de graças.
No Evangelho, proclamado pelo padre ou pelo diácono, é o momento em que o próprio Jesus dirige-se a nós. É a Boa Nova que acolhemos pedindo, por meio do sinal da cruz, a graça de compreender com a inteligência (cruz na testa), proclamar (cruz na boca) e guardar no coração para praticar (cruz no peito).
Para aprofundar a compreensão das leituras o padre faz a sua pregação, a homilia. É um momento de grande importância, em que devemos manter a atenção, pois o sacerdote elucida e atualiza as Sagradas Escrituras.
A Profissão de fé (Creio) e a Oração dos fiéis também fazem parte do Rito da Palavra. Crer em Deus é confiar nele! Com o Creio, a comunidade afirma que crê na Palavra de Deus que foi proclamada e está pronta para pô-la em prática. É como um juramento público. Após ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé nessa Palavra, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de modo oficial e coletivo. Nessa oração, o povo exerce sua função sacerdotal, suplicando por todos os homens e pela Igreja.
Que o Senhor nos dê a graça de amar e buscar sempre a Sua vontade por meio da Santa Missa e de sua Palavra!
Fontes (adaptadas): Vatican News, Aleteia, blog Informação Litúrgica.

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